terça-feira, 2 de dezembro de 2008

"charset" no OpenSuse 11

Ao instalar o OpenSuse 11, em algumas situações, os nomes de arquivos criados no Windows ou em outra distro Linux podem ser apresentados incorretamente, isso se aplica aos arquivos com letras acentuadas e/ou com c-cedilha.
Isso se dá devido a diferença nas tabelas de caracteres (charsets) utilizadas pelos sistemas operacionais, normalmente utilizamos, na língua portuguesa, os códigos UTF-8 ou iso 8859-1.
Para resolver esse problema siga os seguintes passos:

1- Para saber qual está sendo usado no momento use o comando "locale", como root. Será mostrado algo como:

LANG=pt_BR.iso88591
LC_CTYPE="pt_BR.iso88591"
LC_NUMERIC="pt_BR.iso88591"
LC_TIME="pt_BR.iso88591"
LC_COLLATE="pt_BR.iso88591"
LC_MONETARY="pt_BR.iso88591"
LC_MESSAGES="pt_BR.iso88591"
LC_PAPER="pt_BR.iso88591"
LC_NAME="pt_BR.iso88591"
LC_ADDRESS="pt_BR.iso88591"
LC_TELEPHONE="pt_BR.iso88591"
LC_MEASUREMENT="pt_BR.iso88591"
LC_IDENTIFICATION="pt_BR.iso88591"
LC_ALL=

* Nesse caso usamos a tabela iso8859-1

2- Edite o arquivo "/etc/sysconfig/language" e altere a linha:

"RC_LANG="pt_BR.iso88591"

para

"RC_LANG="pt_BR.UTF-8"

3- Reinicie o sistema.

Obs. A mudança pode ser ao contrário, pode ter que mudar o UTF-8 pelo iso88591, é só inverter as alterações no segundo passo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Plugin FlashPlayer no Opera 9.26

Ao instalar o navegador Opera 2.26 me deparei com um problema inusitado.
Eu já havia instalado o navegador anteriormente e não tinha muita dificuldade em instalar o FlashPlayer pra ele, mas dessa vez não funcionava, quando eu definia o diretório onde devia ser instalado a resposta do programa de instalação era que não era possível instalar naquele local ou que aquele não era um local válido. As mensagens eram:

#######################################################################
      Please enter the installation path of the Mozilla, SeaMonkey,
      or Firefox browser (i.e., /usr/lib/mozilla):
/opt/firefox/plugins
      dir= /opt/firefox/plugins

      WARNING: Please enter a valid installation path.


#######################################################################

     Please enter the installation path of the Mozilla, SeaMonkey,
     or Firefox browser (i.e., /usr/lib/mozilla):
/usr/local/opera
     dir= /usr/local/opera

     WARNING: /usr/local/opera is not a directory.


#######################################################################

"O que está em azul é o que eu digitava."
Como eu já havia instalado o Mozilla Firefox  defini então o diretório de plugins como  /usr/lib/mozilla, deixando ele instalado para o Firefox e saí da instalação do flash player e parti para tentar fazer o Opera enxergar o plugin já instalado e descobri que isso seria possível seguindo o seguinte procedimento:

Abra o Opera;

Clique no "Menu Ferramenta", depois na opção "Preferências";

Na janela Preferências, clique na guia "avançado" e depois na opção conteúdo e então no botão "Opções de plugins";

Clique no botão "Alterar Diretório...";

Clique em "incluir";

E localize agora o diretório /usr/lib/mozilla e clique em "abrir".

Agora é só reiniciar o navegador e ....


Detalhes sobre a instalação do flash player detalhadamente é assunto para outra postagem.
E assim fica mais uma dica conseguinda depois de muito quebrar a cabeça.

sábado, 30 de agosto de 2008

Montar imagens .ISO no Linux

Existe um suplemento do NeroBurning que nos é muito útil, é o NeroImageRead, ele nos permite abrir um arquivo .iso como se fosse um drive de cd comun.
Pois é, no linux isso é muito mais fácil, utilizamos um utilitário que já vem por padrão em todas as distros que é o mount da seguinte maneira:
Primeiramente criamos um diretório, preferencialmente no diretório /mnt
# mkdir /mnt/imagem
Considerando que o arquivo .iso está no diretório /root, usamos então
# mount -o loop -t auto /root/arquivo.iso /mnt/imagem

* Observe o parâmetro -o loop, é ele que permite a montagem de uma imagem.
* O parâmetro -t auto, eu utilizo para evitar incompatibilidades, no kernel 2.6 podemos usar auto ao inves de especificar exatamente qual é o sistema de arquivo utilizado.
* Normalmente você precisará usar o usuário root para executar o comando mount, ou ter privilégios para usar o comando sudo.

Pronto!
Agora é só acessar o diretório /mnt/imagem que você verá o conteúdo do arquivo .iso.

*Como, na maioria das vezes, no linux é mais fácil de fazer, só é um pouco mais complicado de se descobrir como se faz.

Para mais informações veja a man page do comando mount.

AHH, não sei se funciona corretamente com uma imagem de DVD, mas vou testar e posto aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Erro em autenticação smb_auth do squid

Eu acho incrível como as coisa "fáceis" sempre se complicam e dão um trabalhão quando eu resolvo fazer. rsrs
A algum tempo eu tentei fazer um squid com autenticação em um servidor Windows 2003, não consegui, apareceram os problemas mais estranho, mesmo eu seguindo um monte de tutoriais e manuais diferentes, tentei até utilizar o Samba para autenticar usuários e não consegui, dava um erro no momento que o sistema tentava achar o conteúdo do arquivo proxyauth que fica no compartilhamento netlogon do Samba.
Procurei por horas na net, mas ninguém teve um problema como esse.
Hoje enquanto montava um servidor para um cliente, tentei fazer a autenticação em um pdc com samba (esse pdc foi montado pelo colega Lindomar Martins) eu não conseguia me logar no domínio utilizando o smb_auth por não conseguir achar o conteúdo desse bendito proxyauth, quando eu executava o comando smb_auth aparecia o seguinte erro:

Domain name: DOMINIO
Pass-through authentication: no
Query address options: -R 192.168.1.100 -R
Domain controller IP address: 255.255.255.255
Domain controller NETBIOS name: IQS
Contents of //IQS/NETLOGON/proxyauth:
ERR

Observe na linha em destaque que não existe nada depois dos dois pontos, isso é porque ele não achou o arquivo.

Então resolvi pesquisar um pouco e depois de quase 3 horas revirando a net achei uma dica que dizia para eu fazer uma auteração no arquivo smb_auth.sh da máquina cliente. Não achei que poderia ser isso, pois eu havia instalado o samba e o squid seguindo orienteções de seus próprios manuais, mas resolvi tentar.
A dica era a seguinte:

Editar o arquivo /usr/lib/squid/smb_auth.sh e inserir a linha

export SAMBAPREFIX=/usr

antes das linhas

read DOMAIN
read PASSTHROUGH
read NMBADDR
read NMBCAST
read AUTHSHARE

Detalhe é que esse arquivo pode estar em outro local, então o ideal é localiza-lo, que pode ser feito pelo comando

find / -name smb_auth.sh

No meu caso estava em /usr/libexec/.

Depois dessa alteração foi só executar o comando

/usr/libexec/smb_auth -W DOMINIO -U 192.168.0.100 -d

A resposta foi:

Domain name: DOMINIO
Pass-through authentication: no
Query address options: -R 192.168.1.100 -R
Domain controller IP address: 255.255.255.255
Domain controller NETBIOS name: IQS
Contents of //IQS/NETLOGON/proxyauth:allow
OK

Observe a palavra allow no final da linha em destaque.
Mais um problema misterioso resolvido.

Ah, Meu linux é o Slackware 12, squid 3 e samba 3.0.25.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Crontab no Slackware

Depois de muito brigar com o cron do slackware, descobri um segredinho que facilita bastante a nossa vida, já que sou um dos usuários de linux que não conhece todos os comandos do editor vi, e não consigo entender porque ele é usado como padrão.
Estou utilizando como referência a versão 12.0 do slack.
Depois de uma leve garimpada pelo google descobri onde ficavam os arquivos de cron do slack, ficam em /var/spool/cron/crontabs, lá existe um arquivo para cada usuário que cria uma tarefa, esse arquivo possui o nome do usuário.
Esse arquivo é criado quando o usuário executa o comando "crontab -e" e os comandos do vi ":wq" para gravá-lo.
Apartir desse momento vc pode editar esse arquivo com qualquer editor de texto puro (eu uso o joe), depois de muito apanhar porque ninguém sabia dizer o porquê de simplesmente não funcionar, então iniciei meus testes e por lógica fiz o seguinte:
Após editá-lo executei comando "crontab -e" e usei os comando de gravação do vi ":wq!" para confirmar a criação da nova tarefa. E pronto, funcionou.
Esse comando ele pega o conteúdo desse arquivo e põe na memória como parte do daemon.
Por enquanto fica aí a dica.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mikrotik

MIKROTIK
É uma distro Linux voltada exclusivamente ao gerenciamento de conexão, com ela podemos transformar um desktop com configurações bem modestas em um roteador.
É originalmente da Letônia, o site é o www.mikrotik.com.
Na verdade, ele vem também embarcado em alguns roteadores específicos, mas aí a solução fica um pouco cara, só seria necessária para uma empresa que trabalhasse excessivamente com conexão e necessitem de um desempenho altíssimo. Eu aconselho que em todos os casos seja primeiro feita a instalação em um PC e se acompanhe o rendimento, então, se não estiver sendo o suficiente procure um roteador pronto.

Como cheguei a ele?
Quando comecei trabalhar na Prefeitura Municipal de Dracena me deparei com uma situação bem particular, precisavamos que os usuários utilizassem login com um nome de usuário e senha para que cada um tivesse um perfil de utilização de internet, alguns teriam acessos bem restritos e outros não (como acontece na maioria das empresas).
"Blz, até aí sem problemas, já que eu conhecia bem linux e squid!!"
Mas, claro, a coisa não era tão simples, existiam mais de 200 computadores conectados e não dava para sair adicionando a configuração de proxy em todas as máquinas, até porquê essa configuração é fácil de ser burlada. Então resolvi colocar o Squid com proxy transparente e um programa chamado NatACL para fazer o login de usuários.
"Blz, problema resolvido!!!"
"NÃO!".
Pois precisáva-mos também fazer o controle de acesso dos usuários para monitorar o tipo de uso, ou seja, guardar todos os logs de navegação.
"bummmm, agora complicou!!!!"
Por que o Squid não faz log quando trabalha em modo transparente e o tal do NatACL não repassava nome de usuário para o Squid.
"Lá se vai minha noite de sono!! E olha que é só a primeira semana de trabalho."
Comecei as pesquisas, e cheguei (não me lembro bem como) ao mikrotik, então me lembrei que eu já havia sido apresentado a ele em outra ocasião, no tempo em que eu trabalhava na AbcRede, lá foram instalados alguns, então falei com o amigo Fabio e tirei as últimas dúvidas sobre estabilidade, suporte, preço e outros detalhes. É preço! O mikrotik não é gratuito mas é muito bom e o preço compensa, a licença nível 5 que é a que seria necessário nesse caso custa em torno de R$ 200,00 (preço conseguido depois de muita pesquisa).
Para maiores informações, ao invés de ficar enchendo linguiça aqui no blog e não conseguir expor tudo o que o mikrotik é capaz, o melhor e consultar o site http://under-linux.org/forums/mikrotik, aliás, um ótimo site, lá tem tudo o que se procura sobre mikrotik.
Para testar e aprender, instalei ele em casa, em um K6 II 500 com 256 de Ram, ele roda muito bem nesse equipamento, apesar do monte de defeitos que o equipamento tem. Percebi um grande rendimento, já que ele trabalha com cache, então a navegação acaba ficando bem rápida. Claro que se fosse apenas pelo ganho de desempenho não faria isso porque acabo ganhando em desempenho mas perdendo no gasto com energia elétrica, isso só compensaria se fosse em uma empresa (mesmo de pequeno porte) ou que tivesse umas 06 máquinas trabalhando na rede, já que o cache que uma formasse seria utilizada pelas outras também.
Fiz alguns testes em casa comparando o tempo de carregamento de 03 sites em três situações diferentes:
Situação 01 - conexão direta com internet, após limpar o cache do navegador firefox:
Site A: Carregou em 34s
Site B: Carregou em 40s
Site C: Carregou em 23s

Situação 02 - conexão direta com internet, SEM limpar o cache do navegador firefox:
Site A: Carregou em 03s
Site B: Carregou em 05s
Site C: Carregou em 01s

Situação 03 - conexão via mikrotik, após limpar o cache do navegador firefox:
Site A: Carregou em 14s
Site B: Carregou em 16s
Site C: Carregou em 02s

* No site C existiam 12 fotos, e foram as primeiras a serem carregadas.

Outro teste:
Conexão via mikrotik, primeira vez que abria o site (com 16 fotos e outros objetos) nesse computador e depois de limpar o cache do navegador, utilizando 02 usuários diferentes no mesmo computador:
Situação 01: com usuário A, sem cache do navegador: o site carregou em 1:20m
Situação 02: com usuário B, sem cache do navegador: o site carregou em 10s.

* Como o mikrotik já tinha o site no cache, já visualizado pelo usuário A, o carregamento foi muito mais rápido.

Hoje estou iniciando os testes na instalação na prefeitura, e vou atualizar esse post conforme forem surgindos os problemas e as soluções.


ESTÃO SUSPENSAS MINHAS IMPLEMENTAÇÕES COM MIKROTIK, CHEGUEI A UM PROBLEMA SEM SOLUÇÃO APARENTE:

Quando ativo o serviço de hotspot outras máquinas do domínio perdem a conexão.

Como não posso ficar enrolado em um problema, vou implementat um servidor Squid e em outra oportunidade volto ao mikrotik.

Parece-me que esse problema está relacionado ao fato de existir 2 proxy na mesma rede. Preciso estudar melhor essa situação para chegar a uma conclusão completa

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Urnas eletrônicas terão Linux e biometria em 2008

Urnas eletrônicas terão Linux e biometria em 2008


Ministro inaugura fase de especificação e desenvolvimento de programas para as eleições municipais deste ano


As eleições municipais de 2008 terão mudanças na tecnologia utilizada pelo sistema de votação eletrônica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a substituição do sistema operacional VirtuOS e Windows CE por Linux, para as 430 mil urnas eletrônicas.

Além disso, o sistema eleitoral começa a testar o uso de biometria. Os eleitores dos municípios de Fátima do Sul (MS), Colorado D’Oeste (RO) e São João Batista (SC) serão identificados por impressão digital dos dez dedos das mãos e fotografia. O objetivo é disseminar o projeto para todo o País.

Nesta sexta-feira, 04 de abril, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio, abre a cerimônia de acompanhamento das fases de especificação e desenvolvimento dos sistemas para as eleições deste ano.


por IT Web
04/04/2008
Fonte: ITWeb

Nagios - Sistema de monitoramento de hardware online

[em breve]
Estou preparando material conciso para falar sobre esse software.

"Aproveite para visitar as postagens listadas acima!!!!"
" Tem bastante coisa interessante!"

Squid - Servidor Proxy

Proxy SQUID.
Um dos mais usados servidores de proxy da web.
Ele permite gerenciar o compartilhamento de internet em um rede, ele nos permite:

Controlar o acesso de usuário a internet com autenticação ou não.
# Definir os tipos de arquivos que poderão trafegar entre a rede e a internet.
# Bloquear sites por url ou conteúdo.
# Definir vários perfis para usuários diferentes.

Ele controla apenas a navegação. O controle de msn, icq, emule e outros programas pode ser feitos via iptables (que estará em outra postagem).

Para obter o Squid gratuitamente pode ser utilizado o link:

http://www.squid-cache.org/Download/

Ele pode trabalhar em conjunto com outros programas para oferecer algumas facilidades, tais como:
   Sarg: Que permite a elaboração de relatórios sobre os acessos, onde pode aparecer os sites navegados por cada usuário ou máquina, o tempo de permanência em cada site e vários outros detalhes sobre a navegação de cada usuário.

   MySAR: Faz o mesmo que o sarg só que de forma diferenciada, ele utiliza-se do MySql para adminstrar as informações dos logs, o que deve ser bem mais eficiente. (ainda não testei)
Esse pode ser encontrado no link http://giannis.stoilis.gr/software/mysar


Em breve nesse blog estarão alguns arquivos para download sobre a configuração do squid em português, estou trabalhando para conseguir um servidor free e separando os arquivos úteis.

DICA MUITO ÚTIL:
   Em minha primeira instalação comercial de um Squid no slackware me deparei com um problema, no mínimo, estranho, o serviço subia e dentro de alguns segundos caía. Pesquisei muito sobre o assunto e ví que outras pessoas tiveram esse problema mas ninguém postava a solução para ele e então fui ligando as situações que apareciam nas postagens e extraindo o que era comum na maioria e cheguei a conclusão de que era um problema de permissão de arquivos e usuários então fui testando para tentar encontrar onde estava o erro e parou de cair no momento que dei permissão 777 para a pasta /var/squid, depois de ter executado o squid com a opção "-z", que faz ele criar os arquivos de cache. Claro que o ideal não é isso, pq, por motivos de segurança, não é aconselhável dar permissão 777 para pastas de programas, mas serviu para o momento, mas vou continuar pesquisando uma solução definitiva e segura para esse problema.
   Então o comando para efetuar essa atribuição é:

"chmod 777 /var/squid -R"

   Mas não se esqueçam que essa é uma solução paliativa, aguardem a postagem de uma solução definitiva para breve.

[em edição]


"Aproveite para visitar as postagens listadas acima!!!!"
" Tem bastante coisa interessante!"

segunda-feira, 31 de março de 2008

Por quê Linux???

Resposta a algumas pessoas que me perguntam porquê optei por aprender Linux e “abandonar” o Windows.

Quando conheci o Linux em 1996 ele era só mais um software que prometia alguns milagres, entre eles o de ser sempre gratuito e ainda era bem difícil de lidar (“acho que isso é o que mais me interessou!”) então comecei a estudá-lo um pouco mais e vi que poderia me garantir várias vantagens em relação ao Windows, dentre elas o fato de não possuir vírus e melhor sistema de segurança, então vou falar um pouco sobre essas vantagens:


Segurança (vírus, invasões e outros riscos):

Não acredito que essa situação de “não existir vírus” se perdure por muito tempo, mas a ação de um vírus em Linux é bem limitada. Claro que isso depende de alguns cuidados dos usuários também, já que essa dificuldade se deve ao fato de que para instalar ou alterar algum programa é necessário o acesso como super usuário (root), o que um programa mal intencionado poderia exigir para se instalar e o Administrador digitaria a senha de root e o programa a roubaria e poderia usá-la com facilidade. Claro que em termos de vírus, como conhecemos hoje, isso é um pouco complicado de se fazer, então as pessoas não se dedicam tanto a isso.

O mesmo deve ser considerado em quase tudo que se fala em segurança.

Ou seja, o mais importante sempre será o cuidado que o usuário toma com seu equipamento.

Já no windows o usuário não tem essa obrigação, ele tem que deixar tudo por conta de programas que cuidem do computador pra ele. Mas a microsoft tem evoluído nesse ponto e seguido alguns exemplos do Linux.


Portabilidade:

Uma das coisas que mais me atraiu no Linux foi a facilidade de porta-lo para os equipamentos antigos, eu poderia utilizar um velho k6 para rodar o Linux. Claro que isso me traria algumas restrições mas pelo menos era possível, o que com o windows não dá.

Já quando falamos em servidores, a forma modular do Linux trabalhar ajuda muito, já que não precisamos instalar um monte de coisas em um computador só para compartilhar internet e outros trabalhos simples, posso fazer isso com o equipamento que eu tiver. No Linux só instalamos o que vamos, realmente, utilizar. No windows precisamos instalar tudo e usar aquilo que quiser-mos.

Software Livre:

O fato de ser livre facilita bastante, já que nos permite adquirir computadores com até 40% de economia e, melhor, poderemos utilizar esse computador sem utilizar software pirata. Claro que ainda existem algumas limitações.

A alguns anos a desculpa para não se utilizar o Linux era a falta de programas para ele, mas hoje as coisas mudaram, eu creio que a dificuldade agora é o excesso de programas para ele. Hoje temos muitos softwares livres para usar com Linux e temos também bons softwares pagos.

Como programador, não gosto muito da idéia de fazer um programa e não cobrar por isso, mas muitas empresas mantém seus programas com doações e subsídios governamentais o que permite aos programadores que continuem se sustentando de criação de software.

Dificilmente você irá encontrar um software de Administração de Escritório, ou de Cadastro de Clientes gratuitos, mas o Sistema de Bando de Dados utilizados por esses softwares são gratuitos, o que reduz bastante o investimento final.

Temos programas como Suite de Escritório, Navegadores, Editores de imagens, Gerenciadores de Bancos de dados e vários outros que são gratuitos porque não dependem de venda direta e são direcionados a usuários dos mais diversos perfis.


Customização:
A possibilidade de poder instalar só o que vou precisar também me facinou.
Imagine um supermercado com vários terminais de recebimento ("caixa") onde, com o sistema Windows, seria necessário a instalação completa do Sistema Operacional em cada máquina e tendo que seguir as recomendações do produtor do Sistema para a configuração do hardware, que normalmente não é simples, para usar apenas o programa de recebimento sendo que, normalmente, esses programas são "leves".
Com o Linux poderíamos instalar apenas o básico do sistema operacional e seria utilizado o equipamento suficiente para executar o programa, pois o sistema operacional utilizaria o mínimo de hardware. Isso geraria uma redução considerável de custos em Hardware e ainda em Software, já que com o Windows seria necessário pagar uma licença para cada terminal e no linux não há essa oneração.

Desafio:
Alguns amigos dizem que, em relação a informática, sou masoquista pois sempre facinei-me por aquilo que é difícil.
Foi assim que, aos 14 anos, vi um livro de Cobol de um primo (Rinaldo) e me apaixonei por programação e com o Linux foi a mesma coisa quando um amigo (Osvaldo) me apresentou o Linux, passamos 2 noites instalando em um pentium 100, isso acendeu em mim uma curiosidade e vontade de desvendar esse novo (na época) Sistema.

Ideologia:
A idéia de Software Livre chega a ser, para alguns, extremamente revolucionária e até inconcebível.
No principio o que me chamou a atenção foi o fato de poder utilizar programas sem precisar pagar por eles, mas quando comecei a avaliar essa situação vi que havia uma questão: "Quem criaria um programa sem receber por isso?, pois só quem programa sabe o trabalho que dá para fazer um programa confiável", estudando essa questão é que consegui entender como isso ocorreria.
Então entendi que livre mesmo seria as ferramentas para gerar programas que poderiam gerar renda e os programas de uso amplo e que esses programas não seriam criados por 01 grupo específico de programadores mas sim por toda uma comunidade disposta a colaborar com o crescimento tecnológico. E, dessa forma, teríamos programas como Suites de Desenvolvimento (Eclipse, BlueFish), Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (MySql ou PostgreSQL), Suites de Escritório (Oppen Office ou BrOffice), dentre vários outros tipos de programas. Até algumas empresas produzem Software Livre que, muitas vezes, são criados para uso interno e posteriormente liberado para o público, e a empresa ganha popularidade com isso o que acaba gerando lucros em outras áreas.



quinta-feira, 27 de março de 2008

Trajetória Profissional em informática:

Em 1989
Iniciei meu primeiro curso de informática em uma escola chamada DMM-Informática em Votuporanga, lá tive os meus primeiros contatos com linguagens de programação, no caso, Basic. Foi paixão a primeira vista.

Em 1994
Me formei como Técnico em Processamento de dados em nível de 2º grau pelo Colégio comercial de Votuporanga.
Nesse curso conheci a linguagem Clipper, foi minha segunda paixão, então percebi que era apaixonado por programação.

Em 1995
Fui para São José do Rio Preto onde, depois de alguns tropeços, comecei a dar aula na Microline, foi a minha melhor experiência profissional, tanto na quantidade de coisas que aprendi como nas amizades que fiz.
Durante essa época também fazia programação, assistência em hardware e estudava muito com os amigos que trabalhavam nessa escola.
Ainda em São José do Rio Preto, trabalhei nas escolas ìcone Byte, World System e DataFox.
E paralelamente as aulas dava assistência em hardware e software para algumas empresas. E fui apresentado ao Sistema Operacional Linux.

Em 1998
Fui trabalhar na Penitenciária de Riolândia, onde administrava todo o sistema de informática, que iniciou com 01 único computador (486sx) que eu consegui emprestado da Prefeitura Municipal, trabalhamos por quase 06 meses com esse único computador na Penitenciária. Com o tempo foram chegando os computadores e eu montava, instalava e dava manutenção em todos, fazendo tudo que podia para mantê-los funcionando com o mínimo de gastos. Algumas vezes eu chegava a trabalhar até as 22h para garantir que tudo funcionasse corretamente, pois eu trabalhava sozinho. Eu ainda auxiliava os outros funcionários, que não possuiam grande conhecimento sobre informática mas queriam aprender.
E, vez ou outra, eu auxiliava outras Unidades a instalar os programas da Prodesp, que dava um trabalhão e, em algumas situações nem os funcionários da Prodesp conseguiam instalar e eu fazia.

Em 2000
Passei no concurso para ASP e fui para Campinas, onde acabei sendo chamado para trabalhar com informática no Presídio "Prof. Ataliba Nogueira" e em seguida na Coordenadoria Regional. Prestei serviços em 04 das 05 Unidades do complexo. E auxiliava o funcionário da Penitenciária de Riolândia a manter o sistema de lá funcionando.

Em 2002
Voltei para Riolândia onde agora éramos uma equipe de 03 funcionários administrando +-30 computadores. Desenvolvi parte de um programa, que foi interrompido por uma troca de diretoria no final de 2003.
Nesse período eu, paralelamente, dava aulas de informática, fazia manutenção e estudava o Sistema Operacional Linux.

Em 2005
Pedi transferência para Marabá Paulista, onde trabalhei até 12 /2006.
Lá não deu para fazer nada na área de informática. A cidade é muito pequena e não possuía sequer provedor de internet, então aproveitei para estudar um pouco sobre programação em clipper, delphi e algumas coisinha desse tipo, mas foi um ano bem parado.

Em 2006
Pedi transferência para Tupi Paulista.
Onde em Agosto desse mesmo ano comecei a trabalhar no Provedor de Internet "AbcRede Telecom" como operador de Sistema Linux, onde dava suporte a usuários e funcionários de campo. Lá aprendi bastante sobre sistemas de provedores Wireless e instalei o Sistema de Monitoramento de Equipamentos Nagios, o qual monitorava as bases de distribuição de sinal e, em caso de falhas, mandava e-mail's de alerta para os supervisores.
Em agosto de 2007 deixei a AbcRede para procurar trabalho em outras empresas que me permitiriam deixar a Penitenciária.

Em 2008
Depois de algumas propostas que não se enquadravam no que eu procurava, cheguei a um acordo com a Prefeitura Municipal de Dracena e fui contratado, desde o dia 11 de Abril trabalho lá nos dias de folga da penitenciária. Trabalho no CPD e sou o responsável pelas soluções de rede em Linux.
  • Instalação de firewall com iptables, onde tinhamos várias tentativas de invasão diárias e provavelmente o uso indevido de link.
  • Instalação e configuração do Squid cache com 03 níveis diferentes de usuários com acessos personalizados a internet.
  • Instalação de software de controle e monitoramento de messenger's.
  • Redimensionamento da estrutura de rede criando subredes com regras específicas para cada setor.
Curso no GUIA DO HARDWARE.
Depois de 02 anos tentando fazer um curso de especialização em Linux, consegui vaga no curso de "Redes e Servidores Linux" ministrado por Carlos E. Morimoto (Criador do linux Kurumin). Foram 20 horas de um ótimo curso. Aliando os conhecimentos adquiridos nesse curso com o conseguido com minha experiência, considero-me agora um verdadeiro administrador de redes linux, claro que tenho que aprender muito ainda e isso é imprecindível para meu crescimento profissional, mesmo sabendo que nunca saberei tudo mas tentarei conhecer sempre o máximo possível.

Em 2009
 Após a mudança de Administração Municipal foram feitas algumas mudanças e como não daria pra que eu pudesse trabalhar todos os dias acabei por deixar o trabalho na prefeitura.
Passei a me aplicar mais aos clientes freelancer e a dar maior suporte a eles.
 Refiz o servidor do Jornal Regional melhorando seu desempenho.

Em 2010
Continuo prestando serviços freelancer.
Iniciei o curso de Gestão em Tecnologia da Informação pela Unip.
Resolvi então mudar a minha distro de trabalho. Apesar de me dar muito bem com o Slackware, resolvi adotar o Debian já que as provas de LPI dão prioridade à ele e pretendo fazer a prova assim que possível.
Em outubro me inscrevi nos curso 465, 466 e 467 em uma das melhores escolas de treinamento Linux do Brasil.
No Escritório São Paulo de Tupi Paulista, fui contratado para reorganizar a infra-estrutura de rede e de arquivos. Fazendo manutenção nas máquinas, formatação e implantação de sistemas contábeis. Iniciei também as pesquisas para instalar o Linux em algumas máquinas, já que o proprietário tem a intenção de regularizar todos os softwares em uso no escritório, então estou avaliando os programas que permitem emulação em linux.

Apresentação do blog

Este é meu primeiro blog, ainda tem muito que melhorar mas estarei trabalhando nisso.

Primeiramente os agradecimentos:
A minha esposa, Taís, que eu amo muito. E ela tem que suportar minhas 12h por dia na frente do computador. "beijos pra ela!!".
A minha filha, Brenda, que eu amo mais do que tudo nessa vida, que, infellizmente, fico longe dela e isso é muito doído pra mim. "beijos filha!!"
A minha família, que apesar de eu ficar um pouco afastado, amo muito a todos.
E um agradecimento póstumo especial ao meu Pai, que me ensinou muito sobre ética, honra, dignidade e respeito as pessoas.
E a minha mãe que, apesar da distância, conseguiu me passar grandes ensinamentos.
Aos velhos amigos que muito me ajudaram a crescer profissionalmente.
Dentre esses saliento os amigos que fiz ao trabalhar na Escola de informática Microline em Rio Preto. Cito aqui os nomes de alguns que mais trabalhamos e estudamos: Luiz (que me ensinou muito sobre hard), Osvaldo (que me ensinou muito sobre programação), Adriano (que me ensinou muito sobre ministrar aulas), Leandro, Renato, André, Fernando, Robson, etc. [vou adicionar nomes conforme vou me lembrando, afinal fazem 10 anos..).

Finalidade do Blog.
Criei esse blog para expor minhas experiências profissionais desses meus 19 anos de estudo e trabalho em informática.
Darei ênfase aos assuntos relacionados a Linux, Software Livre e Programação.
A princípio, não estarei colocando aqui "receitas de bolo" pois isso já existe em ummonte de sites com esse objetivo, o intuito é colocar algo mais amplo e teórico sobre cada assunto.

Legendas:

[em edição] = Muitas vezes você verá essa indicação no final de um post, é que vou escrevendo e postando então enquanto durar esse trabalho mantenho essa indicação.
Windows = Sistema operacional da Microsoft, citado apenas para comparações.
Linux = GNU/Linux sem enfatizar qualquer distribuição.
Slackware = Distribuição Linux que tenho maior experiência.
[em breve] = Algumas postagens conterão apenas essa inscrição, significa que estou preparando material para iniciar a postagem, então volte em breve para ver a postagem.
kernel = Núcleo do sistema operacional linux, é ele que controla tudo no linux. É desenvolvido por milhares de pessoas.